segunda-feira, 3 de maio de 2010
24 de junho dia de São João
Uma noite sem vento abre o caminho nos céus de um Brasil sem planalto.
Como é forte ver um balão subir rasgando os limites do que é alto.
Acompanhar com o coração até sumir da visão, mas nunca da memória.
Arte proibida, faz parte do que é lindo na minha história.
Palha no alto do corpo com barba por fazer, um sotaque nos labios.
A moda do xadrez cabe no corpo que faz a mão de obra por prazer.
Aquelas pintinhas no rosto, é o luxo das mulheres fazendo valer.
O jeito do campo abre a porteira dos cantos na festa de um santo.
Retas e tortas, cores nas barracas o milho explode pipocas.
Curau, canjica e cuzcuz até mesmo sem fome o aroma seduz.
Bebemos quentão e vinho quente aquece todo frio que sente.
A dança em par nunca em impar não falta padre e nem batina.
Simbólico ou não chamamos de quermesse a festa de São João.
Gostamos da barraca do beijo e de pagar pra alguém ir preso.
Brincadeiras inocentes iludindo um certo aglomerado de gente.
Se sente que além da violencia a nossa cultura ainda é uma semente.
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